Na edição de 3 de Janeiro de 2015 da revista britânica The Economist, o artigo de destaque da secção de finanças e economia foi sobre agricultura. Segundo os autores, o investimento em terrenos agrícolas tem vindo a crescer em todo o mundo, verificando-se mais rentável do que os tradicionais investimentos em títulos de tesouro, ouro e ações e com menos risco que estes dois últimos.

A pressão demográfica ou o aumento da procura de biodiesel justificam o sentido deste investimento. Fundos de pensões internacionais viram-se para a agricultura, tanto como produtores ou como proprietários, alugando as explorações a empresas agrícolas. Há ainda casos de fundos mais amigos do risco, que têm vindo a comprar largas extensões de terrenos em países como a Ucrânia, o Brasil, ou a Zâmbia, com vista a construir bolsas de explorações cujo potencial se prevê elevado, à medida que se introduzam novas tecnologias, capazes de aumentar a produtividade agrícola.

Em Portugal, este regresso à terra também parece estar a ganhar cada vez mais força. Parece-me um bom ponto de partida para o Núcleo Agri iniciar com uma boa discussão.

 

Será este o momento de recuperar o tempo perdido na agricultura portuguesa? De que forma podemos aproveitar este momento para dar um novo impulso à agricultura? Quem pode beneficiar desta vaga de investimentos em Portugal?