As aplicações da robótica à agricultura estão ainda numa fase inicial de exploração, tal é o leque de possibilidades que se podem imaginar.
Um consórcio multidisciplinar europeu, que inclui parceiros da indústria tem-se dedicado a desenvolver sistemas de robots para o controlo de pragas e infestantes, com o fim de melhorar a aplicação e assim reduzir a carga de fitofármacos no ambiente. Os sistemas incluem uma frota de veículos terrestres e aéreos equipados com sensores e o desenvolvimento de algoritmos de controlo de decisão capazes de agir em diversas situações possíveis no campo.
Presentemente existem três abordagens possíveis de desenvolvimento de sistemas automatizados para agricultura de precisão: A adaptação de modelos comerciais de máquinas para serem comandados remotamente; o desenvolvimento, de estruturas robóticas capazes de intervir em tarefas específicas de comando das máquinas; e ainda o desenvolvimento de sistemas de pequenos veículos comandados por um único controlo.
A última abordagem, foi desenvolvida por este consórcio e testada em milho, trigo e olival, em campos de ensaio em Espanha. O sistema de robots consiste numa parte de equipamento fixo (antenas, routers, …), instalado numa cabine junto ao campo de ensaio, que também serve de posto de trabalho do operador, que controla o sistema através de um computador ao qual os equipamentos estão ligados. O complemento da parte fixa são os veículos não tripulados, cujos sensores permitem identificar problemas sanitários ou agir sobre eles. Os veículos aéreos forma concebidos de raíz, enquanto os terrestres são construídos sobre chassis de tractores comerciais capazes de transportar os equipamentos de controlo de infestantes ou pragas.
Todo o desenvolvimento do sistema implica sensores capazes de captar diferenças na cultura que possam ser associadas aos problemas de sanidade e identificar linhas e entrelinhas de cultura, também exige uma grande acuidade no posicionamento e deslocação das máquinas, estabelecimento de percursos, controlo dos mecanismos de pulverizadores ou máquinas de controlo térmico e ainda o desenvolvimento de sistemas de segurança.
Os ensaios permitem ir encontrando formas de melhorar a precisão em termos espaciais e também no início e fim das operações atempadamente. Os resultados apontam para a capacidade de integrar mais ou menos robots no sistema, consoante a dimensão do trabalho e coordená-los.
Vale mesmo muito a pena ler o artigo, detalhado, com imagens das máquinas e dos sistemas, aqui.